Transformation or Substitution? The Workers' Party and the Right in Northeast Brazil

Abstract

One of the most significant recent changes in Brazilian politics is the inroads made by the Workers’ Party (Partido dos Trabalhadores, PT) and other leftist parties into state and municipal governments in the country’s most conservative region, the Northeast. An important strand of literature argues that this is due to a transformative strategy anchored in institutional growth, which is based on opening local party directorates. In contrast, this analysis shows that the PT has made gains in the region by segmenting its strategy – that is, by focusing on two well-established political practices. First, the PT has leveraged executive office at higher levels of government (e.g., federal and state) in order to advance at lower levels (e.g., state and municipal). Second, it has constructed pragmatic alliances with opportunistic parties, thus revealing how the migration of opportunist politicians into allied parties allowed entrenched elites to remain in power. This suggests that the Left’s subnational advances are less transformative than they seem and could potentially harm democratic consolidation.

Os avanços obtidos pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e outros partidos da esquerda nos governos estaduais e municipais na região Nordeste são uma das principais mudanças na política brasileira recente. Uma literatura importante propõe que este fenômeno é resultado de uma estratégia transformativa, ancorada num crescimento institucional baseado na abertura de diretórios municipais. Em discordância, esta análise mostra que os ganhos do PT na região são frutos de uma segmentação de estratégias, na qual o partido obteve sucesso ao incorporar práticas regionais preestabelecidas. Primeiro, o PT alavancou o controle do poder executivo para avançar nos níveis inferiores (do governo federal aos estaduais e daí aos municipais). Segundo, o partido construiu alianças pragmáticas com partidos oportunistas. O foco nestas alianças revela como a migração de políticos oportunistas para partidos aliados permitiu que os mesmos se mantivessem no poder. Isto sugere que os avanços subnacionais da esquerda não são tão transformativos quanto parecem e podem ter efeitos negativos na consolidação democrática.